5 de janeiro de 2024

Servidores federais preparam contraproposta e exigem aumento em 2024

Governo propôs reajuste salarial aos servidores do Executivo federal apenas em 2025 e 2026. Contraproposta será enviada na próxima semana

As entidades que representam os servidores do Executivo federal preparam uma contraproposta de reajuste salarial para enviar ao governo na próxima semana. Na quinta-feira (4/1), foi realizada a primeira reunião de 2024 do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), que representa a classe. Na ocasião, os servidores rechaçaram a proposta enviada no fim de dezembro pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Na prática, a proposta do governo congela os salários dos servidores federais neste ano e promete reajuste apenas em 2025 e 2026.

“É inaceitável o congelamento salarial neste ano e uma promessa de reajuste para os dois exercícios seguintes. O governo tem condições de recompor os salários já em 2024, e vamos brigar por isso”, declarou Rudinei Marques, presidente do Fonacate.

Já no apagar das luzes de 2023, o governo propôs, em documento encaminhado às entidades sindicais que compõem a Mesa Nacional de Negociação Permanente, um reajuste de 9%, a ser pago em duas parcelas: a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026.

Até então, na última reunião da Mesa de Negociação do ano, realizada em 18 de dezembro, o governo havia se limitado a propor aumento nos valores dos auxílios.

Reajuste nos auxílios

Os novos valores propostos deverão ter efeito a partir de maio de 2024. O auxílio-alimentação será elevado de R$ 658 para R$ 1.000,00; o per capita referente ao auxílio-saúde passará do valor médio de R$ 144,00 para R$ 215,00; e o auxílio-creche irá de R$ 321,00 para R$ 484,90. Isso representa 51,06% de reajuste nos auxílios.

Segundo o governo, com esse reajuste, servidores que têm as menores remunerações do serviço público federal e que recebem, simultaneamente, os três benefícios (alimentação, saúde e creche) passam a contar com aumento de até 23% na remuneração total. Já, por exemplo, os que recebem R$ 15 mil mais os três benefícios terão o acréscimo total de 5,1% na remuneração.

A proposta chegou a ser, inclusive, acusada de “etarista”, porque aposentados e pensionistas não recebem auxílio-alimentação nem auxílio creche, o que exclui esse segmento.

Fonte: Metropoles

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