12 de junho de 2023

Presidente do INSS admite o óbvio: Falta servidores e concurso público

O INSS tem graves problemas estruturais, parque tecnológico ultrapassado, falta de condições de trabalho, redução do quadro funcional um dos principais problemas, além do congelamento salarial.

O novo presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Glauco André Fonseca Wamburg, em entrevista ao Correio Brasiliense admitiu que o maior problema do INSS é a falta de pessoal e, consequentemente, falta de concursos públicos para preenchimento de vagas.

“Nos últimos 10 anos, perdemos mais da metade da nossa capacidade de servidores. Dobramos a quantidade de tarefas e reduzimos a nossa capacidade de análise”, admitiu o presidente.

Para tentar se eximir dos problemas, o INSS divulgou que foi enviado ofício ao Ministério da Previdência Social (MPS), com as seguintes propostas: Carreira típica de estado; ajustes no vencimento básico, com incorporação da GDASS; nível superior para ingresso nos cargos (até então) de nível intermediário (médio) do INSS. Destaca-se que até a proposta incorporada em documento sobre reestruturação de carreiras em 2012 voltou a cena: “o adicional de qualificação para os servidores”.

Também foi divulgada a solicitação de concurso público contemplando 5.819 vagas para nível médio (técnico do Seguro Social) e 1.836 vagas para nível superior (analista do Seguro Social).

Porém, até esta semana os documentos foram colocados sob sigilo; apenas o ofício sobre concurso foi de caráter público, o que é curioso, considerando que o próprio presidente declarou que neste governo não teria mais sigilos. É importante ressaltar que até presente data o presidente do INSS (interino) não respondeu aos ofícios enviados pelas entidades representativas dos servidores.

Na referida entrevista ao jornal Correio Brasiliense, o presidente interino reconheceu aquilo que os sindicatos têm discutido com a categoria nos fóruns de debates e deliberativo há anos: que o INSS tem graves problemas estruturais, parque tecnológico ultrapassado, falta de condições de trabalho, redução do quadro funcional um dos principais problemas, além do congelamento salarial.

Ao menos na entrevista, o presidente do INSS também reconhece que mesmo com a redução brutal do quadro de servidores, a quantidade de tarefas a serem analisadas foi duplicada nos últimos 10 anos, ou seja, há uma sobrecarga sobre os servidores e servidoras do quadro, que tem gerado adoecimento e piora das condições de trabalho.

PRESSÃO E MOBILIZAÇÃO

É preciso manter a pressão para que a direção do INSS cumpra o acordo de greve, regulamente o Comitê Gestor da Carreira, resolva os problemas dos programas de gestão, reestruture as Agências de Previdência Social (APS) e retome a jornada de 30h em regime de turnos nas unidades de trabalho.

É fundamental que as propostas que envolvem a carreira do Seguro Social sejam construídas envolvendo as entidades representativas dos (as) servidores (as), assim evitará a propagação de fakenews, uma vez que as mentiras propagadas, além de aumentar a insatisfação dos servidores, causam frustações como tem ocorrido até agora.

Fonte: Fenasps

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