SINDPREV-AL constata abandono da APS do INSS de Santana do Ipanema
Em visita recente os diretores do SINDPREV-AL encontraram na APS apenas o gerente, um estagiário e um vigilante
O abandono das Agência do INSS em Alagoas é gritante. Recentemente diretores do SINDPREV-AL estiveram na APS-INSS de Santana do Ipanema, onde constataram a completa falta de estrutura, sem que os segurados tenham o direito ao atendimento presencial. Na APS os diretores encontraram apenas o gerente, um estagiário e um vigilante.
Essa situação acontece em praticamente todo o país, penalizando fortemente o povo, principalmente os cidadãos que mais necessitam. O desmonte do INSS é chocante.
Sabemos que o descaso do governo com os aposentados teve início com a extinção do Ministério da Previdência, em 2016, aumentou com a má gestão do órgão nos governos de Michel Temer e Bolsonaro e a falta de concursos públicos para suprir um déficit de 20 mil servidores em todo o país.
Quase 2 milhões de pessoas seguem a espera de atendimento. São usuários que procuram garantir o direito à aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte e licença maternidade, entre outros.
Há um déficit de 11 mil trabalhadores no setor, fruto do sucateamento que o INSS acumula nos últimos 10 anos. Enquanto a fila de pessoas esperando atendimento só cresce, faltam concursos públicos, servidores se aposentam e recentemente Bolsonaro passou a fechar agências no interior, além de restringir serviços e atendimentos somente via internet. Hoje, 96 dos 90 serviços oferecidos pelo Instituto só podem ser feitos através da internet.
Para lidar com a emergência das filias, o melhor seria contratar aposentados da própria Seguridade Social. Eles conhecem a legislação previdenciária, bem como os sistemas em que são processados os dados dos cidadãos. Cerca de seis mil servidores do INSS se aposentaram nos últimos 3 anos e poderiam ser chamados no lugar dos militares.
O governo precisa também:
– Reabrir as agências que foram fechadas;
– Convocar os aprovados no concurso de 2015;
– Realizar novos concursos públicos;
– Investir em infraestrutura das agências, com computadores de última geração e internet de alta velocidade.